quinta-feira, 27 de outubro de 2011

BATE PAPO COM O ARBÍTRO CARLOS RENATO SANTOS

É com muito orgulho que hoje converso com Carlos Renato Santos, para os basqueteiros Renatinho, arbítro de nível internacional, que vai contar um pouco de sua história, como foi a pressão em começar a apitar jogos com 12 anos de idade e  estar em 2 finais Olímpicas.


Defesa e ataque -  Conte como o basquete entrou na sua vida e com quantos anos você começou a apitar jogos?

Carlos Renato - O basquete entrou na minha vida desde cedo, pois meu pai jogou basquete, e iniciei nas quadras desde os 6 anos de idade vendo meu irmão jogar. Iniciei nas escolinhas  do Pinheiros e Corinthians, onde meu irmão jogava e tive vontade de fazer o curso em 1985 e aí iniciei minha carreira de árbitro. Comecei apitar aos 12 anos de idade pela
Federação Paulista.
 

DA - Sendo precoce na arbitragem, como foi enfrentar as barreiras que surgiram em relação a sua idade? Houve discriminação das pessoas?


CR -  Foram muitas barreiras, tipo como pode um moleque mandar na quadra, ter atitudes disciplinares contra jogadores adultos, etc.. Houve no inicio essa discriminação, mas eu sempre utilizei como motivação e procurando demonstrar dentro da quadra que tinha totais condições de estar ali, independente da idade.
 

DA - Você teve algum ou alguns árbitros, que de alguma forma te influenciaram e foram sua referencia? 


CR - Tive sim, muitas pessoas me deram conselhos, mas eu destaco o José Constanzo que foi meu padrinho na arbitragem, que foi o precursor da minha carreira, devo tudo a ele, teve o José Cláudio dos Reis que me abriu as portas internacionais, e como árbitros e amigos tiveram o José Augusto Piovesan, José de Oliveira e Geraldo Fontana.

DA - Qual a rotina de um árbitro? Como  você se prepara para um campeonato como o paulista , que é o mais forte estadual brasileiro?

CR - A rotina é dura e corrida. Eu trabalho administrando uma empresa todos os dias, e quando tenho jogo a noite vou direto para o local do jogo. Os dias que não tenho jogo procuro estar na academia e com minha família. Minha esposa Carla e meus filhos Caio e Enzo, também são minha preparação e inspiração para os jogos e para a vida.
 

DA - Hoje você alcançou um nível de excelência na arbitragem internacional. Conte para os nossos leitores, algumas passagens, que marcaram sua carreira.

CR -  O que mais marcou claro foram as duas participações em Jogos Olímpicos. Estive em Sydney em 2000 e em Atenas em 2004 e tive a oportunidade de participar desta festa mundial, participar das cerimonias de abertura e as duas decisões de medalha de ouro que ficaram marcadas na minha vida e carreira. Tive a oportunidade de conhecer o  mundo através do basquete e da arbitragem. Foram 3 Mundiais, 5 Pré-Olímpicos, além de Copa América, Liga Sulamericana, Centrobasquete, Liga das Américas, Goodwill Games, Sulamericanos, Mundiais de Clubes entre outros.
 

DA - Você já apitou 2 finais de Jogos Olímpicos. O que te motiva a continuar?
   

CR - O que motiva a continuar é continuar trabalhando em alto nível e com o objetivo de encerrar meu ciclo Internacional em uma terceira participação em Jogos Olímpicos.
 

DA - Hoje em dia, quando o jogo é um clássico, tanto no campeonato paulista, como no NBB, já sabemos que, provavelmente, seu nome deve estar relacionado. Você tem preferência de algum(s) árbitro(s), para estar ao seu lado na quadra, principalmente em jogos decisivos?

CR - Não tenho preferências, vou em qualquer jogo com quaisquer companheiros. Mas é claro que sempre temos os mais chegados, entre eles estão o Pacheco, o Marco Antonio, o Gonçalo e o Gustavo. Mas uma das coisas mais importantes na minha carreira e que me dou bem com todos os companheiros.





DA -  Agora o espaço é seu, deixe sua mensagem para os leitores do Blog. 

CR - Minha mensagem final é para os mais jovens ou os que buscam seu espaço, é que sempre tentem fazer o máximo para atingirem seus objetivos, a arbitragem é uma arte de determinação, personalidade e o mais importante: inteligência.
 

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