Hoje o nosso bate papo é com Adriana Santos, ex-jogadora da seleção brasileira de basquete, que, atualmente, é ténica das categorias sub-17 e sub-19 de Americana.
Ela conta, um pouco, como foi sua carreira vitóriosa como atleta e como está sendo sua nova função nas quadras.
Defesa e Ataque - Adriana, no nosso bate papo do blog, a primeira pergunta é sempre a mesma: Como o basquete entrou na sua vida? Faça um resumo de sua carreira como atleta.
Adriana Santos - Comecei a jogar basquete com 12 anos, na cidade de São Bernardo do Campo, comecei no centro esportivo do Baetão, era um lugar onde as crianças podiam participar de vários esportes pagando apenas uma pequena taxa por mês, no início me matriculei na natação, mas, bastou uma aula para me transferir para o basquete.
DA - Você teve uma longa passagem pela seleção brasileira, inclusive jogando com Hortência, Paula e Janeth. Conte como foi fazer parte de uma geração de ouro, que tinha uma visibilidade incrível no País em todas as mídias.
AS - Eu joguei 12 anos pela Seleção Brasileira, peguei uma transição do basquete brasilerio, minha primeira competição foi o Pan Americano de Cuba em 1991, estive presente em todas as conquistas importantes do Brasil e fazer parte desse grupo foi importantíssimo na minha carreira, pois foram 3 olimpíadas na qual conseguimos 2 medalhas, uma de prata e uma de bronze e, também, fomos campeãs do Mundo em 1994 .
DA - Que ano parou de jogar e como foi pra você deixar as quadras? O que passou pela sua cabeça? Você já estava estruturada para fazer outra coisa na vida ou precisou de um tempo para se adaptar fora das quadras?
AS - Parei de jogar em dezembro de 2009 e se eu falasse que foi fácil parar de jogar, estaria mentindo, eu fui amadurecendo a ideia pouco a pouco, eu sabia que estava chegando a hora, pois em janeiro ja iria completar 39 anos, eu sempre tive vontade de continuar nas quadras, pois eu amo muito basquete e não conseguiria ficar long, como morei na França 7 anos, eu já havia trabalhado lá, como assistente técnica, em um centro de formação de atletas na cidade de Toulouse, ai surgiu a proposta para ser técnica da Unimed /Americana .
DA - Hoje você é técnica de Americana nas categorias sub-17 e sub-19, além de ser assistente no adulto. Na sua visão, como anda o basquete feminino no Brasil?
AS - Trabalho há pouco mais de um ano aqui em Americana nas categorias de base e posso te dizer que tenho visto muitas promessas para o futuro, o basquete brasileiro, na minha opinião, está voltando com força total, com campeonatos fortes, com grandes equipes e grandes atletas, estamos mais organizados e isso nos faz crescer, a prova disso é a classificação do masculino e feminino para as olimpíadas de Londres .
DA - Recentemente você foi técnica da seleção paulista sub-17 e sagrou-se campeã nacional. Como foi essa experiência? Como está essa geração? Algum talento para os Jogos Olímpicos do Brasil em 2016?
AS - A experiência foi ótima, eu fiquei muito feliz com o convite por parte da federação paulista, acredito que foi fruto do meu trabalho que tem sido intenso desde que comecei nessa nova fase da minha vida, esse grupo é muito forte, uma geração que, com certeza, poderemos colher muitos frutos, existem varias meninas que já atuam na seleção brasileira da categoria, citar nomes, acho que seria ainda muito cedo, elas ainda necessitam de tempo para uma total formação .
DA - Quais seus sonhos, seus objetivos como técnica? Será que contaremos com mais uma ex-atleta da seleção no quadro da CBB?
AS - Eu sempre fui uma pessoa que sonha alto, quero sempre melhorar e aprender cada dia mais, seguir estudando o basquete moderno e acredito que só assim conseguirei alcançar meus objetivos, tenho muitos e passo a passo irei buscá-los. Eu espero que tenhamos mais atletas sim no quadro da CBB, pois tudo que for para somar é sempre bem vindo.
DA - Deixe uma mensagem para as meninas e os meninos que acompanham o Blog, quanto a treinamento, foco e motivação.
AS - A mensagem que posso deixar aos que praticam o basquetebol é que só poderemos melhorar e evoluir com muito treinamento, a dedicação e aplicação a cada treino são fundamentais, focar no seu objetivo e não deixar que nada possa interferir no seu foco, estar sempre motivado, motivação gera entusiasmo, alegria e vontade de vencer .
DA - Agora o espaço é seu, pode fazer suas considerações, agradecer quem você quiser, enfim, deixe seu recado.
AS - Gostaria de agradecer a todos aqueles que trabalham com esporte, em especial, a todos os amantes do basquetebol, que nunca desistam dos seus sonhos, eles podem ser possíveis sim !! Agradeço, também, a minha família que sempre me apoiou e ainda me apoia, que compreenderam que o basquete sempre foi e será essencial na minha vida, o basquete pode me proporcionar muitas coisas que, sem ele, jamais poderia ter vivido .
Um grande beijo a todos, Adriana Santos