Amigos do Blog Defesa e Ataque, depois de muito tempo sem postar, volto falando sobre os destaques da categoria sub-15 do Paulista de basquete.
Essa faixa etária é curiosa e empolgante, pois o atleta está desenvolvendo força, agilidade, precisão mas também ainda está imaturo para as pressões do esporte competitivo.
Vou destacar 1 jogador de cada equipe que participam das finais, onde nesta quinta-feira (15) serão disputados os jogos valendo título entre Palmeiras x Paulistano (já classificados para o estadual) e terceiro e quarto lugares entre Metodista x Santos no ginásio do Palmeiras na parte da tarde.
Palmeiras
Henrique Cerimelli - Veste a camisa 14, faz a posição 4 (pivô) com grande desenvoltura. Tem ótima visão de jogo, corta muito bem com as duas mãos, sempre buscando o meio do garrafão para desestabilizar a defesa adversária, seja para finalização ou dar assistência, possui bom chute de média e longa distância além de sempre brigar nas duas tabuas pelo rebote.
Paulistano
Pedro Paulo - Veste a camisa 21, ele é um pivô que faz tudo. Leva bola para o ataque, mesmo pressionado, Chuta bem de média e longa distância, tem um ótimo corte principalmente em movimento. Conta com uma impulsão privilegiada onde enterra nos contra-ataques e garante vários rebotes para sua equipe.
Metodista
Gabriel Alves - Veste a camisa 10, faz a posição 2/1(escolta), tem boa velocidade nos contra ataques, seus chutes de média distância são efetivos, bom defensor e tem muita garra quando joga.
Santos
Renato Costa - Veste a camisa 14, faz a posição 1 (armador) com maestria. Comanda sua equipe , ótima visão de quadra, leitura e qualidade nos passes. Bom definir nas bolas de média e longa distância.
É uma pena que nessa categoria (aqui em São Paulo) os times ainda não podem utilizar a defesa zona, a dobra no jogador na quadra ofensiva. No próximo ano um mundo de opções vai cair em seus colos e veremos como será a adaptação para o basquete com todas suas variações e complexidades.
Parabéns aos clubes, técnicos, atletas pela temporada!
Olá amigos do Blog, depois de um tempo sem postar, devido a correria do dia a dia, volto a abordar o assunto do Coaching para atletas dentro da ferramenta Nível de Satisfação. Hoje o assunto é sobre Equilíbrio Emocional. tão importante ao atleta quanto a preparação física, técnica e tática. O equilíbrio emocional é fundamental nos momentos de pressão que o atleta passa durante treinos, torneios curtos e campeonatos longos.
Equilíbrio emocional = Ponderação, calma, prudência: equilíbrio de espírito.
Dentro desse tema falarei, especificamente, sobre o acontecido no Sul-Americano de Basquetebol da categoria sub-15 que aconteceu recentemente no Uruguai, onde as seleções brigavam por 3 vagas para a Copa América do ano que vem.
Fiquei sabendo, através de uma pessoa que fazia parte da comissão, não vou citar nomes, pois não é o foco do post, que durante a Competição, os atletas brasileiros tiveram problemas emocionais fortissímos, desde a chegada ao Uruguai até os jogos decisivos. Vários garotos começaram a passar mal de nervoso, crises de vômitos, sem explicação e deixando a comissão técnica sem saber como lidar com os garotos, pois a maioria vem de clubes diferentes, muitas vezes, sem um histórico conhecido.
Durante a competição a coisa piorou mais ainda e no jogo decisivo que valia a vaga para o torneio almejado, no intervalo da partida, 6 dos 12 atletas choravam de soluçar, sem motivo aparente. Ora, será que esses meninos foram pegos de surpresa? Não sabiam da real responsabilidade que envolvia o torneio? Como será o dia a dia desses garotos nos seus clubes?
A maioria desses garotos são tratados por seus parentes, amigos e clubes como se já fossem craques, como se já tivessem com o futuro garantido dentro da modalidade.
Acontece que, no caminho para se tornar um profissional com uma carreira sólida, existem vários tipos de situações difíceis, que requerem dos atletas equilíbrio emocional.
Neste caso, o desequilibrio emocional foi um dos fatores que resultou na quarta colocação no torneio e tirou a sequência de um trabalho, pelo menos desta geração, em seleções, por um bom tempo.
Dentro do processo de Coaching, através de ferramentas poderosas e uma metodologia com comprovação científica, o próprio individuo se auto-analisa e percebe seus pontos fortes e fracos e o que precisa ser trabalhado para se fortalecer.
Espero que, muito em breve, os clubes, entidades, federações e confederações percebam e busquem o auxílio dos profissionais desta área, para ajudar na formação dos seus atletas, dando força, motivação, traçando objetivos e alcançando metas definidas.
Mais uma vez aconteceu. Uma demissão sem explicações. O técnico da equipe de Uberlândia, Miguel Volcan, foi dispensado num momento decisivo do campeonato nacional, a fase dos playoffs.
Será que a derrota para o Tijuca no primeiro jogo da série na casa do adversário foi o suficiente para demissão do técnico uruguaio? Será que a equipe de Uberlândia não tem condições de reverter a série e passar para a próxima fase?
Claro que tem, mas com certeza mais uma vez falou mais alto a falta de postura e inteligencia de quem comanda e está por trás dos interesses dessa equipe.
Quem não se lembra da demissão sem explicações do técnico Ratto no final da fase de classificação do NBB do ano passado? A equipe estava em quinto lugar na tabela e ainda pleiteava uma vaga na Interligas. Ai contrataram o técnico Chui. E novamente sem motivos, aconteceu de novo. Ele foi dispensado antes do começo do NBB 2012, após ser campeão mineiro.
São por essas e outras coisas que nosso basquete sempre perde espaço na mídia, perde na popularidade para o voleibol, que está anos-luz a frente em organização, marketing e divulgação. Não só o vôlei mas várias outras modalidades aparecem e dão mais resultados para seus patrocinadores, do que nosso basquetinho.
Muitos não tocam no assunto pois não querem se ``queimar´´. Outros se fazem de cegos, pois é mais fácil calar e com certeza pensam -``talvez sobre uma boquinha lá pra mim´´.
Enquanto a mentalidade e a desunião da classe dos técnicos e atletas da modalidade for a mesma, continuaremos engatinhando e submissos à pessoas, como essas, que estão no comando de uma equipe de ponta e referencia num estado como Minas Gerais.
O segundo item que vou desenvolver nos posts sobre o PPC (Personal e Professional Coaching) para atletas, fala sobre o Desempenho.
DESEMPENHO = Ato ou efeito de desempenhar; cumprimento, exercício, execução.
Muitos atletas questionam seu próprio desempenho durantes as competições. Muitas vezes foram muito bem nos treinos, na preparação para uma competição ou mesmo durante uma pré-temporada, mas, quando chega a época dos jogos, torneios, disputas, não conseguem repetir o mesmo desempenho que tiveram na fase de preparação.
O que pode estar acontecendo com esses atletas?
Confiança, foco, motivação, o que falta para esses atletas renderem o seu máximo nas competições? Através de ferramentas específicas e poderosas, o Coaching faz com que esses atletas percebam, por si mesmo, onde estão falhando, quais são seus pontos fracos a serem melhorados e trabalhados para que todo seu potencial apareça, possa ter sucesso e o reconhecimento desejado em sua profissão.
Através de uma metodologia, com comprovação científica, o processo do Personal e Profissional Coaching pode beneficiar um individuo ou uma equipe. Através dos itens do Nível de Satisfação, voltado para atletas, pode-se avaliar como andam os objetivos de cada integrante, além dos objetivos em comum que todos esperam alcançar, seja num torneio, num campeonato ou numa temporada inteira.
O Coaching é um processo que visa uma parceria entre o Coach (profissional habilitado) e o Coachee (cliente), busca elevar a performance de um indivíduo aumentando os resultados positivos por meio de metodologias, ferramentas e técnicas cientificamente validadas. É uma assessoria pessoal e profissional que visa potencializar o nível de resultados positivos nas diversas áreas da vida de um individuo, grupo ou empresa.
Você quer aumentar sua Performance e seu Desempenho?
O Blog Defesa e Ataque conversa com José Neto, técnico da equipe de Joinville e assistente técnico da Seleção Brasileira de Basquete. Ele nos conta como foi chegar numa equipe que estava se reestruturando, e como implantou sua filosofia de trabalho.
DefesaeAtaque - Quando o Nbb começou, a Equipe de Joinville estava recém reestruturada. Aos olhos de muitos Não chegaria aos Playoffs.Como vc analisa esse salto de qualidade e crescimento do time dentro da competição?
JoséNeto - Foram vários aspectos que contribuíram para a obtenção deste primeiro objetivo que era de classificarmos para os Playoffs.
- Termos agregado durante a competição alguns jogadores como os dois estrangeiros a equipe: Kojo e Bishop a recuperação de lesão do Tiagão.
- Melhora da estrutura para a equipe propiciada pela diretoria
- Trabalho integrado com a preparação física com Diego Falcão e Raphael Gonçalves
Sem dúvida, o mais importante foi a aceitação, assimilação e o comprometimento da equipe com uma nova proposta de trabalho.
DA - Como foi pra vc sair de um grande centro de basquete feito São paulo e ir para o interior de Santa Catarina? Como foi sua adaptação ao novo estado?
JN - Eu e minha família fomos muito bem recebidos aqui na cidade. É uma cidade excelente além de que Joinville não tem nada a perder para boas estruturas de basquete do país. Acredito que além do que já representa para o basquetebol brasileiro, ainda tem muito a crescer. O que mais me estimulou foi perceber a vontade de melhorar e estar muito receptivos e encorajados a superar novos desafios não só na categoria adulta mas principalmente estar vinculado a um trabalho de categorias de base.
DA - O que você espera desse confronto com Limeira nos playoffs? Afinal na fase de classificação seu time venceu em casa e também na casa do adversário.
JN - Uma série muito difícil! Limeira é uma equipe que tem tradição, tem um técnico excelente e jogadores experientes, que sabem que esta é a hora que vale de verdade. As vitórias do primeiro e segundo turno foram importantes pra que pudéssemos ficar na oitava posição e termos uma "vantagem" de decidir a quinta partida em casa CASO seja necessário. Mais nada. Agora é outra historia. O confronto começa 0x0 e não 2x0. Por isso temos que estar bem preparados para enfrentar uma equipe que foi montada para ficar entre as 4 primeiras posições do campeonato.
Temos uma equipe que esta acostumada a enfrentar dificuldades, pois foi assim durante todo o campeonato. Vamos tentar surpreender. Determinação não vai faltar pra isso.
DA - Limeira costuma jogar com um time mais leve, abrindo muitas vezes 4 jogadores e deixando apenas 1 pivô fixo. Jogar com 2 jogadores mais pesados como Thiagão e Shilton, pode ser uma vantagem, afinal nos playoffs o jogo tende a ser mais duro fisicamente?
JN - Temos opções de jogar com dois jogadores pesados, como Tiago e Shilton ou José Geronimo, como também temos a opção de jogarmos com 4 jogadores abertos, com um pivô 4 mais móvel, como o Bishop, Durval e Renato fazendo esta função.
DA -Deixe seu recado aos amantes de basquetebol e principalmente aos torcedores de Joinville.
JN - O Basquete brasileiro tem mostrado que alem de estar no caminho certo, está trilhando por este caminho a passos largos, ou seja, a melhora é evidente. Temos muito a melhorar e crescer, mas já é visível muitas coisas boas. O nível da competição tem melhorado a cada ano.
Este ano estou tendo a oportunidade de trabalhar em uma equipe que representa uma cidade e sendo assim sinto uma obrigação maior ainda de apresentar um bom trabalho, pois o basquete passa a ser um entretenimento para uma população que vai aos jogos para torcer para sua cidade! A torcida tem apoiado muito a equipe quando jogamos em Joinville, sendo mais um motivo para superarmos as dificuldades apresentadas desde o inicio! Obrigado a cidade de Joinville e a torcida do nosso basquete. Vocês merecem toda a nossa dedicação e esforço!
Amigos do Blog Defesa e Ataque, estou começando uma série de posts relacionados ao PPC( Personal e Professional Coaching) onde abordarei vários itens relacionados aos atletas, nicho que pretendo dar mais enfase nesse meu novo trabalho. Claro que trabalharei com pessoas que não são do meio esportivo, mas, nesse caso, os itens que vou abordar no blog estão relacionados diretamente aos atletas e o que pode ser melhorado para seu crescimento dentro de sua modalidade e para o alcance de seus objetivos pessoais e profissionais.
Através de uma poderosa ferramenta que é feita logo na primeira seção para o dia a dia de um atleta, com itens que são fundamentais e que quando percebidos e refletidos, trazem a real noção de como este está se comportando em relação ao seu trabalho, as suas metas e seus sonhos.
O primeiro item que abordarei dentro dessa série é o EMPENHO.
Empenho = ação de se empenhar, esforço, ação energética do corpo ou espirito.
Você, atleta que lê esse post (isso serve também para atletas não profissionais) já parou para pensar e analizar se realmente o nível de empenho que você coloca nas suas atividades diárias são os suficientes para alcançar seus sonhos, metas e objetivos?
O empenho pode ser mensurado? Lógico que pode, afinal você sabe muito bem quando está se dedicando ao máximo nas suas atividades, dormindo o suficiente para ter uma boa recuperação, se alimentando de forma correta e não desperdiçando tempo e energia com coisas que não estão relacionadas ao alcance de suas metas parciais e principalmente as finais.
O empenho vem junto com o abrir mão de várias coisas que aparecem nas nossas vidas todos os dias, pois a maioria dessas, são sabotadoras dos nossos objetivos, de toda energia que colocamos em nossas atividades, energia que precisa ser renovada diariamente com foco nas metas, não deixando cair em tentações que, somadas a um curto ou médio espaço de tempo, vão tirá-lo do caminho traçado lá atrás.
Pare hoje para pensaram qual o nível de empenho que você tem colocado em suas atividades diárias. Elas, somadas, vão ou não te levar as conquistas que você planejou?
Tenho conversado com atletas de várias modalidades, não só do basquetebol e vejo que a grande maioria não tem a real noção como esse processo de Coaching pode ajudá-los a serem maiores, crescerem como atletas e profissionais.
Procurarei colocar pelo menos um post por semana, relacionado ao Coaching para atletas, para uma maior reflexão dos leitores.
Afinal, o que mais escutamos em competições Mundiais e Olímpicas, é que o atleta brasileiro não tem uma boa preparação psicológica ou mental para suportar essas competições e seus níveis de estress.
Quando você sabe o que quer e caminha passo a passo para chegar lá, você já se preparou para tudo o que pode vir e o processo de Coaching trás a reflexão das situações antes mesmo delas acontecerem.
Zaragoza, 28 de março, 2012 -. Rafa Hettsheimeir foi um dos protagonistas da vitória sobre o Assignia Manresa, com 24 pontos e oito rebotes. O brasileiro foi o melhor centro de março depois de ganhar 18,4 pontos em média, 6,4 rebotes e 19,6 de valorização. Com estes números, não há dúvida que a torre de Araçatuba é postulada como uma das peças essenciais nesta reta final da temporada, restando oito jogos, é um dos nomes de referência da Liga Endesa.
"Depois de dois meses com problemas, eu estou muito melhor". "Estamos trabalhando bem. Felizmente, agora temos mais descanso, que ajuda muito e devemos avançar", diz ele.
Sobre não ter o nome na lista para ser MVP ele diz ``isso não importa, quero seguir ajudando meu time a ganhar´´.
O técnico Gustavo De Conti do clube Paulistano foi anunciado pela Confederação Brasileira de Basquete, para ser o treinador da equipe adulta brasileira no Sul americano no 45° Campeonato Sul-Americano, de 15 a 22 de junho deste ano, na Argentina. A competição classificará quatro seleções para a Copa América, em 2013, torneio que dará quatro vagas para o Mundial de 2014.
O nome de Gustavo foi indicação do técnico Rubén Magnano, que acompanha o NBB de perto, o que da suporte e não deixa margem aos corneteiros de plantão, que sempre arrumam motivos para criticar primeiro, e depois avaliar os motivos.
Também outros 2 nomes estão figurando na lista de assistentes de Gustavo , e que agradam muito pelo trabalho que realizam em seus clubes. Esses nomes não foram confirmados em nota oficial ainda, mas no meio a notícia já começa a rodar. Régis Marrelli e César Guidetti.
Régis Marrelli vem fazendo um ótimo trabalho a frente da equipe de São José dos Campos a varias temporadas, inclusive com um título paulista em 2009 e um vice campeonato em 2011. Além de que sua equipe está figurando no G4 do NBB 2012.
César Guidetti é assistente técnico no Pinheiros. No curriculum, vários anos de serviços prestados à CBB nas categorias de base tanto no feminino como no masculino, além de ser assistente técnico no mundial adulto feminino realizado no Brasil em 2006, Pan americano de 2007 no Rio e Jogos Olímpicos em 2008 na China.
Que venha a nova geração de técnicos com uma nova mentalidade de trabalho, com muita troca de informações entre si, deixando para trás o perfil criado por treinadores da velha geração, onde todos são inimigos e querem derrubar o outro.
Parabéns a CBB pela indicação de Gustavo e torcemos para que os nomes de Régis e César venham a ser confirmados o quanto antes.
Somente assim a grande mudança será realmente iniciada no nosso basquete. Com sangue e mentalidade nova!!!
O que leva um atleta a se transformar em um ídolo nacional?
O que leva esse atleta que se transformou num ídolo nacional, se transformar em um ídolo mundial?
O que leva esse mesmo atleta a ter frustrações e ficar pelo meio do caminho? Caminho esse que seria de glórias e conquistas constantes, mas algo de errado aconteceu no percurso e as prioridades mudaram.
Os Motivadores e os Sabotadores estão presentes na vida de todos nós, e principalmente na vida dos atletas, que ao começarem a se destacar, independente da idade, nível social, ou nível de rendimento, interferem diretamente nos resultados alcançados.
O Blog é sobre Basquete, mas hoje vou pegar como exemplo o atleta que vem mais se destacando à nível nacional, o jogador de futebol Neymar. Com as devidas proporções, você pode transferir e fazer análises para outros ídolos das mais diversas modalidades.
Com um talento nato , habilidade incrível, carisma e claro muito rendimento, Neymar apareceu para o mundo do futebol com apenas 17 anos de idade. No nosso país isso é comum, pois as crianças desde muito pequenas aprendem que o futebol é o esporte nacional, ganham bolas para chutar e brincar na infância, praticam nas aulas de educação física em suas escolas, quando elas existem, e crescem assistindo na televisão campeonatos variados quase que diariamente.
Os Motivadores:
Para Neymar com certeza alguns fatores contaram como motivadores para ele alcançar o nível de reconhecimento nacional e também internacional que hoje faz parte do seu cotidiano.
-Ter Pelé como um padrinho no futebol;
-Ter seu talento reconhecido e comparado ao de Robinho, ídolo do mesmo clube que o projetou;
-Saber que vários clubes voltaram suas atenções para seu futebol e que a chance de ganhar um salário que lhe daria uma tranquilidade financeira e poderia ajudar sua família;
-Ter a chance de ser contratado por equipes grandes da Europa, onde jogadores brasileiros conseguiram sua independência financeira;
-Ter bens materiais que antes não seriam possíveis obter;
-Conviver com pessoas que são estrelas da tv;
-Ser considerado o melhor jogador do Brasil, América, do Mundo;
-e por ai segue uma lista que pode ser enorme.
Ninguém discute que grande parte da lista o garoto já alcançou. Salário milionário, vários patrocinadores pessoais, sua imagem aparece na tv todos os dias várias vezes. Com certeza, com seu pai como tutor, seu dinheiro está sendo bem investido. Viagens constantes para várias cidades brasileiras, participações em programas de auditórios, esportivos ou badalações da alta sociedade, contam hoje com seu nome. As vezes parece que ele foi clonado, pois no mesmo dia ele aparece em um programa de tv num estado, e mais tarde está em outro programa na tv numa capital distante.
Reconhecimento alcançado, futuro financeiro garantido, os maiores clubes do mundo de olho em seu passe.
Junto a isso tudo, entra em ação o outro item deste post, que sem duvida, pode dificultar a continuidade do seu trabalho, das conquistas que ainda são necessárias para firmar seu nome na história do esporte como um ídolo, para se manter no topo, afinal o Brasil é o país do futebol e a chance de aparecer um outro Neymar em pouco tempo, é real.
Os Sabotadores:
Os sabotadores são tudo aquilo que vem junto com o reconhecimento, com a melhora salarial, com a exposição na mídia em larga escala.
Vejamos alguns sabotadores e prestem atenção como eles podem prejudicar o atleta.
-A exposição na mídia constante, em vários programas durante a semana, obrigando um deslocamento de carro, helicóptero ou avião, com certeza vai desgastar o atleta. Antes com tempo suficiente para descançar após treinos e jogos, agora com a correria dos compromissos. Com certeza surgirá o desgaste que pode minar o seu físico, pois, vai reduzir seu tempo de sono, que é fundamental. Sem falar da alimentação, que fica a desejar com comidas de fast food e sem um balanceamento ideal de nutrientes;
-Com a mídia vem também a chance do assédio de pessoas que antes faziam parte de um mundo distante e hoje, essas próprias pessoas desejam estar perto do atleta, gerando uma curiosidade e também uma tentação, pois mulheres que são tratadas como beldades pela mídia, começam a ser comum na vida de um super star do esporte;
-A noite e suas festas também são sabotadores que passam a fazer parte da vida de um atleta muito bem remunerado, com seus carrões e ``amigos´´ que adoram ser seus parceiros para sugar as oportunidades, além do dinheiro e o pior, sua energia;
Será que lidar com os sabotadores será o alvo desta temporada de 2012 na vida deste atleta, ou ele vai focar mais nos motivadores que ainda não alcançou?
Me arrisco a dizer que seu rendimento deve cair muito se ele continuar nessa pegada que está.
Como disse o maior jogador de basquete de todos os tempos, Michael Jordan, ``chegar no topo é difícil, se manter no topo é muito mais.´´
Com certeza Jordan sempre se focou mais nos motivadores do que nos sabotadores, pois seus resultados e números durante toda sua carreira como atleta, foram impecáveis e constantes.
Com este post, e usando o atleta do momento no Brasil, o jogador Neymar, espero poder ajudar aos leitores, atletas ou não, a diferenciarem em suas vidas, no cotidiano do dia a dia, seus motivadores e seus sabotadores.
Amigos do Blog Defesa e Ataque, hoje vou contar uma passagem que aconteceu quando eu jogava no time do RIO/TELEMAR, na primeira temporada da equipe. Esse time que foi montado pelo Oscar Schimit, teve muito sucesso. Campeão carioca invicto em 2004, participou do torneio de Natal em Madri neste mesmo ano. Foi Campeão Brasileiro em 2005 vencendo Uberlândia no Play-off final por 3x1 dentro de Uberlândia.
Marcelinho Machado, Everaldo, Sandro Varejão, Aylton Tesch, Ratto, Demétrius, Dedé, Betão, Wagner, Bruno Banana, Dida, Eric Strand, Josuel. Formavamos um grupo de alto nível técnico e com muita união. O mais interessante desse grupo foi a rivalidade de 2 grupos que se formaram dentro da equipe.
Cachorro e Leão. Esses dois grupos saíam na porrada em qualquer lugar ou folga durante os treinos. Era impressionante como do nada a coisa começava. Miguel Angelo era o técnico e era só ele dar 1 minuto pra água, que os grupos se formavam. Sempre alguém em algum momento ficava sozinho em um dos bebedouros. Era o suficiente pra porrada começar. Claro que não rolava tapa nem soco na cara, mas no restante do corpo o coro comia. A partir daí todo o time entrava na confusão e só parava quando o Miguel mandava voltar pro treino ou quando a risada tomava conta de todos.
Ao longo da temporada muita coisa engraçada aconteceu. Depois de jogar e jantar em Macaé, num restaurante em frente da praia, a comissão ficou na mesa e saímos do restaurante. De repente a perseguissão começou e foi uma loucura. Gente dando a volta na quadra pra surpreender, gente correndo na areia, nem parecia que tinhamos jogado e jantado. Um bando de loucos. A coisa foi sempre aumentando um pouco de proporção. No nacional de basquete, com muitas viagens, a coisa acontecia nos onibus, durante o treinamento da manhã, antes dos jogos, nos hotéis, enfim, quem estava perto não entendia nada, achava que realmente que a briga era de verdade e que o time era desunido. Quando vencemos e eliminamos São José dos Pinhais nos play-offs das quartas de finais, nós estavamos esperando o Demétrius dar entrevista, alias ele era o unico que não participava dos confrontos, quando o nosso grupo, dos cachorros, estava junto e sentados na arquibancada do ginásio, percebemos que no meio do grupo o Marcelinho, que era leão (era mais um guinu do que leão kkk), estava tirando a bota de eparadrapo e conversando. Eu disse pra ele: - ``olha em volta e ve se tem alguém pra te ajudar´´- não deu tempo pra mais nada, ali mesmo na arquibancada começou a confusão, e varias pessoas que estavam no ginasio para tirar fotos ou pegar autógrafos ficaram pasmos. Foi leão vindo de todos os lados e o confronto durou uns 5 minutos. Claro que a risada depois foi geral, mas o pessoal que estava em volta ficou de boca aberta!
Nos play-offs das semi- finais contra Brasília, aconteceu algo mais louco ainda e com certeza até aquele momento, o auge dos confrontos entre as ``gangues´´. No hotel em Brasília voltávamos do almoço no elevador Eu, Ratto, Dedé(cachorros), Everaldo(leão) e Demétrius(neutro). O confronto começou com os 3 cachorros pegando o leão, e quando o elevador parou no nosso andar e abriu a porta, com o barulho que rolava ali foi o motivo para todos entrarem na briga. Durou mais de 15 minutos. quadros foram quebrados, sofás e almofadas do corredor foram praticamente desmontados, o elevador foi travado e ninguém chegava no andar. O mais engraçado, foi o esquema para arrumar tudo depois e pegar um quadro de outro andar e levar o quebrado. Vencemos Brasília e seguimos para a grande final contra Uberlândia.. Depois de uma pequena folga fomos para o treino de manhã no dia do primeiro jogo dos play-offs. Treino encerrado, comissão foi embora, jogadores arremessando ou conversando, quando a coisa pegou.
E pegou como nunca antes, com tudo o que se tinha por perto sendo usado na briga. chinelos e tênis eram munição, grupos se pegando numa briga que não terminava nunca, até o cachorro Ratto e o leão Everaldo ficarem frente a frente. Ratto jogou um chinelo que pegou na cara de Everaldo. O ``plin´´ bateu do moço que catou uma cadeira de plástico e meteu na cabeça do Ratto. A sensação foi que o mundo parou naquele momento e tudo que estava rolando não fazia mais sentido. todos correram para segurar o Ratto que procurava algo para devolver. Depois disso, nunca mais houve leão e cachorro.
O mais importante foi que além da união, o grupo não perdeu o foco no objetivo maior, e conseguiu conquistar o título .
Amigos, continuando o post que coloquei ontem no Blog, faço aqui algumas comparações entre as condições reais do nosso basquete e algumas condições reais que cercam a NBA.
Alguns podem questionar o por que destas comparações, podem achar que isso realmente não leva a nada, mas estou aqui para mostrar uma realidade que a maioria desconhece. Não sou dono da verdade tão pouco, mas como vivi no meio a vida toda, tenho argumentos para o assunto.
Quando a NBA entrou em greve e o jogador Leandrinho acertou no Flamengo, muitos começaram achar possível outros atletas da Liga Americana aportarem em terras tupiniquins, para ganhar um din din e manter um ritmo de jogo. Nomes como Steve Nash, Kobe Bryant circularam por blogs e sites especializados, gerando uma grande ilusão que isso poderia realmente acontecer.
Agora pergunto a vocês que curtem basquete, imaginem o Kobe chegando no Brasil, para jogar enquanto a greve da NBA estava rolando. Aqui está a minha visão da coisa: Imprensa cobrindo, torcedores, festa, ele chega no Brasil e vai direto ao ginásio para seu primeiro treino no time sortudo que conseguiu um grande patrocínio, afinal a grana não deve ser pouca para paga-lo.
Ele entra no ginásio: já vai se assustar porque a grande maioria dos ginásios no Brasil tem suas arquibancadas de concreto, sem conforto nenhum para o público. Depois ele vai para o vestiário e leva outro susto, pois o espaço é reduzido e vê apenas uma cadeira de plástico, ou um banco de madeira onde ele tem que se trocar e deixar sua bolsa. Depois ele vai para a quadra e vê que o piso não é flutuante, é apenas uma madeira por cima do cimento. E já nos primeiros piques em quadra começa a sentir algumas dores que não está acostumado, nos joelhos e nas costas. Quando o treino chega ao final, ele pede um fisioterapeuta, mas, poxa vida, o time não tem nem médico e nem fisioterapeuta que possa estar sempre nos treinos e jogos.
Pra fechar com chave de ouro seu primeiro dia num time Brasileiro, Kobe vai tomar banho no vestiário, mas ai ele percebe que tem apenas 2 boxes para os atletas se banharem, sem portas e o pior, como ele ficou dando entrevistas na quadra, alguns jogadores já haviam tomado banho e os ralos estavam entupidos, formando poças de agua que cobriam os dedos do pé.
Claro que ele abortou o banho!
Na hora de ir para o Hotel em que se hospedaria, Kobe pensa bem e vai direto pro aeroporto, compra uma passagem e volta pra L.A.
Na NBA a coisa é bem diferente. Vestiários com muito espaço para todos, cada atleta tem seu espaço reservado para sentar ,trocar de roupa, com cabines, cabides e gavetas. Televisões e projetores também fazem parte da estrutura para as preleições antes e no meio tempo do jogo. Banheiras de hidro-massagem são comuns, além de bikes ergométricas para atletas fazerem aquecimentos específicos. Como contou Anderson Varejão uma vez, só entra no vestiário quem tem a digital gravada no sistema de abertura de portas. Por falar em Varejão, no seu primeiro ano em Cleveland, ele passou por uma situação inusitada. Já há 3 meses na cidade e andando de taxi pra cima e pra pra baixo, pediu ao gerente do time que indica-se a ele um lugar para comprar um carro. Isso aconteceu no período da manhã, e a tarde o gerente da equipe passou na casa dele para leva-lo a loja de carros.
Quando ele percebeu, o camarada parou no estacionamento da loja da Hummer. Então simplesmente foi -lhe dito que ele poderia escolher o carro que quisesse, pois a Hummer era um dos patrocinadores do time, e ter um atleta andando em seus carros , só traria retorno a marca. Por coincidencia eu estava no Rio de Janeiro, me preparando pro treino do Rio/Telemar onde jogava com o irmão de Anderson , Sandro, quando o telefone tocou e ele contou no viva voz pra todos ouvirem e ficar de boca aberta sonhando com algo parecido , um dia, aqui no Brasil.
Amigos o importante é saber nossas limitações, saber o que realmente a sua equipe de coração tem para trabalhar. Saber se os salários estão em dia com toda a equipe. Saber a estrutura que os profissionais da área tem para conseguir render 100% de sua capacidade.
Não adianta cobrar, meter a boca, torcer contra sem saber a real situação do esporte em nosso País.
Tenho visto no twitter, blogs e sites relacionados ao basquetebol, uma exigência em relação a NBB que beira ao fanatismo. Digo isso porque desde a classificação masculina no Pré-Olímpico muitas pessoas lançaram blogs de basquetebol, criaram uma expectativa no nosso campeonato nacional (NBB) que estamos longe de conseguir alcançar. Pela experiência de ter disputado vários campeonatos nacionais desde 1988 quando estava no clube Monte Líbano de São Paulo, na época chamado Taça Brasil e num outro formato de disputa, passando pela Liga Nacional de Basquete, Campeonato Nacional de Basquete até o ano de 2008 quando disputei pela Ulbra/Rio Claro.
Falta tanta coisa no nosso esporte, tantas idéias e soluções para problemas pequenos, que geralmente passam batido do pequeno público que acompanha de fato o NBB. Vejamos o exemplo do jogo entre Flamengo e Brasília no Rio de Janeiro. Uma quadra nova, piso flutuante, mas em péssimas condições de uso naquele dia. Os motivos podem ser vários: maresia, pó, descaso do mandante, praia, sol, samba, futebol. Podemos enumerar vários motivos para o fato. O atual campeão nacional deixando seus principais jogadores no banco de reserva, num jogo de televisão, e já não são muitos, e colocando somente os reservas para jogar. Essa imagem foi desgastante no meio esportivo e para as pessoas que voltavam a prestar atenção no basquete brasileiro, foi um grande motivo pra se dizer: nada mudou.
Em termos técnicos também nada mudou no nosso basquete tupiniquim. Dentro da quadra o mesmo estilo peladeiro, atletas tomando decisões sem leitura de jogo, alguns técnicos não impõe em suas equipes nenhum padrão de jogo, ou por inexperiência, ou por estar cansados demais para isso, pelo longo tempo de trabalhos prestados a nossa modalidade.
Na verdade com a presença de Ruben Magnano, o basquete brasileiro está perdendo a grande chance de criar um conceito de jogo, unindo toda capacidade de criação brasileira com a leitura e fundamentação argentina. Isso pode ser feito sim, basta o EGO de nossos principais técnicos serem deixados de lado, e através de reuniões com Magnano chegarem ao consenso de como se padronizar nosso basquete desde o adulto até as primeiras categorias de base e escolinhas. Dizer que isso transformaria todos em times iguais é besteira, pois ai apareceria o talento dos melhores técnicos que colocariam seus temperos pessoais e sua visão em cima do conceito estabelecido. A ENTB( Escola nacional de treinadores de basquete) está ai para isso mesmo. Difundir o que é estabelecido como melhor conceito para nós brasileiros, mas até agora no meu prisma, isso não está acontecendo.
Estamos a anos -luz da NBA e cobrar algo parecido com o que acontece por lá é sacanagem.
Que a CBB faça algo produtivo. Que aproveite um ciclo olímpico até 2016 para dar oportunidade a todos que se determinarem a trabalhar pelo basquete nacional, dentro de um conceito e padrão estabelecido, senão passaremos vergonha em casa e os questionamentos virão, como sempre vieram.