Tenho visto no twitter, blogs e sites relacionados ao basquetebol, uma exigência em relação a NBB que beira ao fanatismo. Digo isso porque desde a classificação masculina no Pré-Olímpico muitas pessoas lançaram blogs de basquetebol, criaram uma expectativa no nosso campeonato nacional (NBB) que estamos longe de conseguir alcançar. Pela experiência de ter disputado vários campeonatos nacionais desde 1988 quando estava no clube Monte Líbano de São Paulo, na época chamado Taça Brasil e num outro formato de disputa, passando pela Liga Nacional de Basquete, Campeonato Nacional de Basquete até o ano de 2008 quando disputei pela Ulbra/Rio Claro.
Falta tanta coisa no nosso esporte, tantas idéias e soluções para problemas pequenos, que geralmente passam batido do pequeno público que acompanha de fato o NBB. Vejamos o exemplo do jogo entre Flamengo e Brasília no Rio de Janeiro. Uma quadra nova, piso flutuante, mas em péssimas condições de uso naquele dia. Os motivos podem ser vários: maresia, pó, descaso do mandante, praia, sol, samba, futebol. Podemos enumerar vários motivos para o fato. O atual campeão nacional deixando seus principais jogadores no banco de reserva, num jogo de televisão, e já não são muitos, e colocando somente os reservas para jogar. Essa imagem foi desgastante no meio esportivo e para as pessoas que voltavam a prestar atenção no basquete brasileiro, foi um grande motivo pra se dizer: nada mudou.
Em termos técnicos também nada mudou no nosso basquete tupiniquim. Dentro da quadra o mesmo estilo peladeiro, atletas tomando decisões sem leitura de jogo, alguns técnicos não impõe em suas equipes nenhum padrão de jogo, ou por inexperiência, ou por estar cansados demais para isso, pelo longo tempo de trabalhos prestados a nossa modalidade.
Na verdade com a presença de Ruben Magnano, o basquete brasileiro está perdendo a grande chance de criar um conceito de jogo, unindo toda capacidade de criação brasileira com a leitura e fundamentação argentina. Isso pode ser feito sim, basta o EGO de nossos principais técnicos serem deixados de lado, e através de reuniões com Magnano chegarem ao consenso de como se padronizar nosso basquete desde o adulto até as primeiras categorias de base e escolinhas. Dizer que isso transformaria todos em times iguais é besteira, pois ai apareceria o talento dos melhores técnicos que colocariam seus temperos pessoais e sua visão em cima do conceito estabelecido. A ENTB( Escola nacional de treinadores de basquete) está ai para isso mesmo. Difundir o que é estabelecido como melhor conceito para nós brasileiros, mas até agora no meu prisma, isso não está acontecendo.
Estamos a anos -luz da NBA e cobrar algo parecido com o que acontece por lá é sacanagem.
Que a CBB faça algo produtivo. Que aproveite um ciclo olímpico até 2016 para dar oportunidade a todos que se determinarem a trabalhar pelo basquete nacional, dentro de um conceito e padrão estabelecido, senão passaremos vergonha em casa e os questionamentos virão, como sempre vieram.
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