RUMO À LONDRES - BATE PAPO COM O ALA MARQUINHOS

O Blog Defesa e Ataque começa hoje uma série de matérias com os participantes da conquista da vaga Olímpica do Basquete Masculino Brasileiro.

Na estréia da série Rumo a Londres, vamos conversar num bate papo com o ala da Seleção e do clube Pinheiros Marquinhos. Esse jogador foi muito elogiado por todos, pela sua regularidade  durante toda a competição em Mar del Plata.

Casado com Sigrid,  pai de duas meninas, Duda e Beatriz, Marquinhos, entre os treinamentos e o descanso do lar, cedeu um pouco do seu tempo para essa matéria.

Defesa e Ataque - Diga para os leitores do Blog como o basquete entrou na sua vida, e faça um resumo de sua carreira da base até os dias atuais.

Marquinhos - Comecei treinando na escola que estudava e, após vencermos os jogos escolares da cidade, fomos convidados para participar de um torneio no Centro Olímpico em São Paulo. Nesse torneio, estava presente o técnico da seleção brasileira sub-16, André Germano. Após o torneio ele me convidou para jogar no clube Monte Líbano de São Paulo e ai comecei como federado. Na sequência, joguei no Corinthians, Bauru, Scavolini (Itália), Vasco da Gama, Mogi das Cruzes, Premiata Monte Granaro (Itália), New Orleans Hornets (NBA) e Pinheiros.

DA - Você foi jogar em outras terras ainda jovem, NBA e Europa. Hoje, como você vê essa fase que passou? Você acha que na época você tinha maturidade suficiente para aguentar a pressão do nível de exigência que o basquete internacional pede?

M - Creio que sim, foi uma experiência muito boa, pois tive a oportunidade de conhecer e  treinar com jogadores de alto nível. Nesses times pude aprender muito e desenvolver meu jogo.

DA - Você participou das duas últimas edições do Pré-Olímpico de Basquete das Américas. Trace um paralelo entre as duas, já que a primeira foi bem problemática para o grupo, e a segunda mostrou uma grande união e trouxe a tão sonhada vaga Olímpica.

M - Acredito que a grande diferença  do Pré-Olímpico de 2007 para o desse ano, foi o longo período de treinamento. Também, a união do grupo foi fundamental e, claro, a mão do Rubén Magnano que fez com que ficássemos concentrados e focados no objetivo maior que era a vaga  olímpica.

DA -  Como foi a experiência de se trabalhar com  Rubén Magnano, técnico renomado, campeão Olímpico e vice-mundial pela seleção Argentina?

M - Foi uma experiencia otima,  ele é um grande treinador e sabe tirar o melhor de cada jogador, além de saber todos os atalhos para a vitoria.

DA -  Na última temporada, 2010/2011, jogando pela equipe do Pinheiros, você foi fundamental para a equipe chegar as finais do Campeonato Paulista, finais do Torneio Interligas (Argentina e Brasil) e semi-finais do NBB. O que você espera para essa temporada, já que sua equipe se reforçou? Quais seus objetivos?

M - EU espero que, com essas contratações que reforçam nossa equipe, somadas aos talentos que já estão no time, possamos vencer o maior número de títulos dos campeonatos que disputarmos nesta temporada e gravarmos nossos nomes na história do clube. Desejo, particularmente, vencer o NBB e a Liga-Sulamericana.

DA - Tive a oportunidade de comentar alguns jogos da Seleção Brasileira durante o Pré-Olímpico pela Bandsports e deixei claro como você amadureceu para o jogo. Variando a forma de jogar, não se apoiando apenas nos chutes de 3 pontos que é uma característica sua, mas também, batendo pra dentro, puxando contra ataques e jogando de costas para a cesta. Dê um conselho para os jovens atletas que acompanham o blog.

M - Legal , então a minha dica para os atletas jovens é que se dediquem muito e tenham fome de bola. Treinem muito os fundamentos do jogo, pois é um dos melhores caminhos para se tornar um jogador completo.

DA - Conte para nós uma passagem interessante  que aconteceu em Mar Del Plata, fora das quadras,  com o grupo da seleção.

M - A história do cabelo moicano que deu o que falar. O Tiago e o Huertas costumavam fazer isso quando jogavam juntos. E, como a vaga olímpica veio no sábado, vários jogadores entraram na onda e também rasparam a cabeça. Também gostei de dar o troco na Argentina no 7 de Setembro!

DA -  Agora o espaço é seu. Pode fazer suas considerações para quem você quiser. Quem te ajudou, pessoas importantes na sua vida esportiva e pessoal.

M -  Gostaria de agradecer meu Pai, que sempre me ajudou e esteve ao meu lado desde o começo da carreira, me acompanhando e não deixando nada faltar. Também a minha esposa e a minha família que estão sempre presentes em tudo que faço.

DA - Deixe uma mensagem para os jovens atletas que sonham chegar no nível que você alcançou hoje.

M - Bem, gostaria de dizer para que eles se esforcem ao máximo, pois lá na frente eles vão poder colher os frutos.